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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Brasil importa mais de mil cães por ano; custos são altos

O Brasil tem hoje 37,1 milhões de cães e 21,3 milhões de gatos. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o País tem a quarta maior população de animais de estimação no mundo - e a segunda em cães e gatos. E cada vez mais aumenta a proporção destes bichos que são importados, principalmente cães.




Algumas empresas aéreas não permitem o transporte de raças braquicefálicas (de focinho e cabeça curta como o Buldoguê Inglês, quinta raça mais importada)

De acordo com relatório da Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC), em 2012 foi registrada a entrada de 1.067 cachorros no País. As cinco raças que tiveram exemplares mais importados foram, em ordem, Buldogue Francês, Rottweiller, Spitz Alemão - também conhecido como Lulu da Pomerânia -, Pastor Alemão e Buldogue Inglês.

Apesar de ter um procedimento relativamente simples, a importação de animais de estimação tem altos custos no Brasil. Além do valor do animal, que pode chegar a milhares de dólares, o dono ainda tem despesas com vacinas, atestado de saúde, consulta veterinária no país de origem e taxas a serem pagas nos consulados, que variam de acordo com o país que está exportando o animal. Porém, são os impostos brasileiros que tornam o custo alto. Ao desembarcarem por aqui, são cobrados dois impostos principais, o primeiro é de 60% do valor do frete aéreo, e o segundo de 60% sobre o valor estimado do animal (este valor é estimado com base na raça e na idade do animal). Normalmente, filhotes são avaliados em US$ 800 e adultos (acima de um ano) em US$ 200.

Mas os valores podem variar muito, e é possível requerer isenção destes impostos quando o proprietário é um cidadão brasileiro retornando do exterior, um estrangeiro vindo trabalhar no Brasil ou se o pet chega com seu dono como bagagem acompanhada. Conforme a veterinária do Kenel Clube São Paulo (KCSP) Christiane Salvatore, não existem restrições de raças, como em alguns países. “Normalmente estão autorizados a entrar no país, sem maiores problemas ou solicitações, dois cães, dois gatos ou quatro pássaros de vida doméstica por pessoa e por família”, afirma. Quem importa também tem o custo da caixa própria para o transporte e o valor a ser pago para a companhia aérea, que varia conforme o peso do animal e a distância a ser percorrida.

Salvatore explica que o principal motivo de importação, além de acompanhar a família que se mudou, é a melhora genética das raças no Brasil, por meio da reprodução de exemplares com excelente DNA, e a introdução de novas raças. “Isso vale tanto para cães quanto para gatos. Outro ponto bem importante na importação de cães se deve à vinda deles para participar de exposições de beleza, são importações para fins promocionais de determinado cão ou raça. Nessas vindas, ocorrem contatos para as futuras importações de novas raças”, diz. Na grande parte das vezes, esses animais são escolhidos por causa de sua filiação (linha de sangue), pela raça ser rara no Brasil, por causa de sua formação física, ser um grande padreador ou matriz, ser um grande campeão no seu país.

Cuidados para o transporte

O transporte dos animais importados deve ocorrer em caixas especiais, feitas para esse fim. Como a maioria das importações ocorre de avião, essas caixas são feitas de plástico resistente, com grades e sem rodas. Existem caixas de todos os tamanhos para cães e gatos. “O importador deve ter o cuidado de adquirir uma caixa onde o animal possa ficar em pé e dar uma volta sobre ele mesmo”, indica a veterinária.

Algumas empresas aéreas não permitem o transporte de raças braquicefálicas (de focinho e cabeça curta como o Buldoguê Inglês, o Pug, o Gato Persa, entre outras) pelo risco de agravar os problemas respiratórios devido ao estresse causado pelo voo, onde eles podem sofrer os chamados "ataques de calor". Algumas ainda permitem que o animal seja transportado junto aos passageiros em vez de ser despachado com as malas. Salvatora conta que essa proibição começou a ser promovida depois que ocorreu divulgação de um relatório pelo Departamento de Transporte americano, feito entre 2005 e 2010, que informa que metade dos cães que morrem durante os voos são dessas raças.

Fonte:http://economia.terra.com.br/

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Verdades e mentiras sobre a leishmaniose canina


A leishmaniose criou e ainda cria um enorme pavor em pessoas mal informadas, por isso, acredito que a informação verdadeira é a maior arma contra a doença e a favor dos milhares de animais que são sacrificados cotidianamente nos Centros de Controle de Zoonoses no Brasil.
A intenção deste artigo é proporcionar ao leitor essa informação verdadeira. Além da análise de textos acadêmicos, documentos jurídicos, textos em veículos de mídias diversas; também foi realizada uma entrevista com o veterinário Dr. Paulo Tabanez*, para esclarecimento de dúvidas.
A leishmaniose tem vários mitos, o maior deles é colocar os cães infectados como os grandes ou, muitas vezes, os únicos responsáveis pela disseminação da doença.
Todavia, o maior problema da doença são as questões socioeconômicas mal resolvidas, desafios diários que o Brasil precisa vencer. Se não houver saneamento básico e alimentação adequada para todos os brasileiros, a leishmaniose ainda terá campo de atuação, e não é justo os animais pagarem o preço.
Controlar a leishmaniose implica em acabar com a pobreza do país. Dar qualidade de vida para a população, com alimentação de qualidade para todos os brasileiros, acabando com a desnutrição; consequentemente, ninguém será um alvo fácil para a doença.
O absurdo maior é a proibição de tratamento para os animais! Entretanto, por meio da via jurídica já é possível conseguir este feito, pois várias ONGs de proteção animal têm conseguido o direito de tratar os animais por meio de ações na justiça, portanto, o tratamento não é crime, e sim direito do cidadão!
O tratamento para leishmaniose, tanto humana quanto canina, apresenta algumas similaridades. Segundo entrevista com o Veterinário Dr. Paulo Tabanez, as similaridades são as seguintes:
• Cura clínica (o humano ou o cão não apresentam sinais da doença).
• Cura epidemiológica (o humano ou o cão não são mais transmissores da doença, porém o cão é mais suscetível e, portanto, pode ter muitas recaídas).
• Não apresenta cura parasitológica (o parasita ficará para sempre tanto no organismo do homem quanto no do cão).
Introdução
A leishmaniose é uma doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo.
Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como “ferida brava”; não exige o sacrifício de animais infectados pela doença. A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade, se torna menos frequente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.
Transmissão
A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Seus nomes variam de acordo com a localidade; os mais comuns são: mosquito-palha, tatuquira, birigui, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito-palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas.
É o inseto que transmite a doença de um animal para outro. É uma doença que afeta principalmente cães, mas também animais silvestres, gambá ou saruê, e urbanos como ratos, gatos e humanos (principalmente crianças com desnutrição, idosos imunossuprimidos e, atualmente, pessoas com AIDS).
Não se pega leishmaniose de cães e outros animais, apenas pela picada do inseto que estiver infectado.
O cão é apenas mais um hospedeiro da leishmaniose visceral. É também o mais estudado e injustiçado, já que mesmo que todos os cães do mundo deixassem de existir, a leishmaniose visceral continuaria a crescer, como inclusive ocorre nas cidades onde há matança indiscriminada de cães como “forma de combate à doença”.
Sintomas
Os sintomas são variáveis. O cão pode apresentar emagrecimento, perda de pelos, gânglios inchados, fraqueza, feridas, crescimento exagerado das unhas, lesão de pele ulcerada, blefarite e anemia. Também há sintomas nos órgãos internos, como crescimento do fígado e outras alterações. Entretanto, esses sintomas são comuns em outras doenças bem menos graves; assim, se seu cão apresentar esses sintomas não quer dizer que o mesmo está com leishmaniose. O diagnóstico preciso só pode ser feito por um médico veterinário, que combinará exames de sangue com exames clínicos. O teste sorológico feito pelo governo como forma de triagem não deve ser encarado como diagnóstico e, portanto, não justifica a eutanásia dos animais. O diagnóstico é complexo e necessita de maior investigação.
Prevenção
O verdadeiro transmissor da doença – o mosquito-palha – gosta de lugares com matéria orgânica, então sempre mantenha quintal e canis limpos e telados. Esse inseto é de hábito noturno, portanto coloque seus cães para dormir em lugares telados e use coleiras e/ou líquidos repelentes para ajudar na proteção.
O efeito da coleira é repelente, justamente para evitar a picada do inseto; a coleira é uma importante arma contra a doença.
Além disso, existe vacina para leishmaniose. Ela previne que 80 a 95% dos cães se infectem com leishmania pela picada do inseto.
Na verdade, a vacina contra a leishmaniose pode apresentar um efeito bloqueador de transmissão, capaz de interromper o ciclo epidemiológico, isto é, torna o animal não transmissor da doença.
A vacina tem cobertura  de mais de 90% – afirmam os especialistas – e não é possível confundir infectados com vacinados. Mas pela produção ainda reduzida, os preços são inviáveis para boa parte dos tutores de cães.
A vacina já está disponível em vários lugares do país. Hoje se tem no mercado a Leishmune, da Fort Dodge, que é aquela que vários veterinários não preconizam porque dizem que não diferenciarão os infectados dos vacinados (mentira ou desinformação), e a Leishtec, da Hertape Calier, que a propaganda é justamente alicerçada em não reações vacinais e cruzada em sorologias.
Existe uma boa parcela da classe veterinária que ainda não conhece o tratamento e a prevenção da leishmaniose, entretanto, a falta de conhecimento deles não pode impedir o público de tratar de seus cães. Procure veterinários especializados em infectologia.
No entanto, o que é preciso ter-se claro é que tanto os humanos como os animais infectados, mesmo tratados, serão portadores do parasita o restante de suas vidas e deverão ser mantidos sob rígido controle. Os cães deverão ter contínuo acompanhamento de médico veterinário, com a realização de exames laboratoriais periódicos, para verificar se o animal realmente mantém-se não infectante e saudável.
Cenário no Brasil
Tratamento
O tratamento não é forma de controle e é uma das alternativas menos preconizadas para tal. Controle é feito com coleira para prevenir o inseto, repelentes no animal e no ambiente, limpeza do ambiente para evitar material orgânico, evitar passeios nos horários de crepúsculo, telar os canis, vacinação. Tratamento é uma forma de controle individual, mesmo porque ocorrem recidivas mais frequentes no cão. Eutanásia é a última forma de controle e, de fato, a menos eficiente.  Prova disso é que a política brasileira de prevenção da doença, por meio da eutanásia de milhares de cães, não proporcionou nos últimos 50 anos nenhuma mudança no controle da doença.
Entretanto, se já houver um animal infectado em sua casa, não entre em desespero! O tratamento, a vacinação e a utilização de repelentes em cão infectado com leishmaniose não o tornam um risco para sua família ou vizinhos; como já foi dito, pode levar à cura clínica (sem sintomas da doença) e à cura epidemiológica (não transmissor da doença).
Infelizmente, no Brasil ainda temos que conviver cotidianamente com a supremacia da raça humana às outras espécies. Em 2008 foi oficializada uma portaria do Ministério da Saúde e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento dizendo que não é crime tratar um cão contaminado por leishmaniose, o que é crime é usar remédios humanos para o tratamento. O deprimente sobre essa portaria é que esse Ministério está farto de saber que não existem, no Brasil, remédios veterinários para o tratamento da doença. Portanto, a recomendação (ordem) do Ministério da Saúde é sacrificar todos os animais contaminados.
Esse posicionamento, junto com as ações de agentes de saúde, em regiões endêmicas, vem gerando grande abandono de cães, e algumas pessoas até mesmo levam seus animais para outras cidades, para salvá-los ou mesmo para deixá-los entregues à própria sorte, o que pode disseminar ainda mais a doença.
Para realizar a eutanásia em milhares de cães, o governo utiliza argumentos sem estudos comprobatórios, dizendo que um cão infectado por leishmaniose é um perigo para a sociedade. Vamos aos fatos reais:
• O Brasil é o único país do mundo que indica ou preconiza a eutanásia, pois em outros lugares do mundo onde existe a incidência de leishmaniose as pessoas podem, ou não, eutanasiar seus animais;
• O tratamento da leishmaniose existe tanto para pessoas como para animais, entretanto, é mais fácil exterminar um animal do que tratá-lo, isso segundo a concepção dominante, que acredita que a única espécie importante é a raça humana;
• A Organização Mundial da Saúde, apesar de apoiar a insanidade cometida pelo Brasil, também recomenda tratamento para alguns casos e também já se manifestou publicamente que o sacrifício de animais doentes não é a melhor saída para o controle de zoonoses – como é o caso da Raiva, na Indonésia -; então possui um posicionamento totalmente contraditório;
• Existem estudos já comprovados que mostram que um animal infectado em tratamento pode se tornar não transmissor da doença para o inseto (cura epidemiológica);
• Existem resultados errados, chamados de falso positivo e falso negativo (ou seja, o cão saudável pode ser morto ou tratado indevidamente e o cão doente pode ficar sem tratamento). Esses exames não diferenciam a leishmaniose tegumentar da visceral (e no Brasil não é indicado a eutanásia de cães com leishmaniose tegumentar).
Os exames podem dar positivo caso o cão tenha outras doenças, como erlichiose, babesiose etc. Os melhores exames, no momento, para o diagnóstico da leishmaniose visceral em cães são a citologia de medula óssea e/ou linfonodos (chamada de “PAAF”) e a PCR de medula óssea. O exame de imunohistoquímica de pele é eficiente para acompanhar se há parasitas na pele. Ele pode ser aplicado a qualquer tecido, linfonodo, medula, fígado, baço, pele, entre outros, para aumentar a sensibilidade do teste principalmente naqueles assintomáticos ou com parasitemia baixa. O diagnóstico da leishmaniose é complexo e necessita de prova e contraprova.
• Os gastos empregados na realização da captura, exames e eutanásia poderiam ser direcionados para a formação de uma equipe capacitada para o combate ao mosquito, com campanhas direcionadas à população, como é feito com o mosquito da dengue. E lembrando mais uma vez: não é apenas o cão que pode ser infectado pela leishmania, o homem e os ratos no meio urbano também são. É mais racional e inteligente combater o mosquito ou exterminar todos os cães, os ratos e os humanos infectados pela doença como forma de controle?
• Outro fato de extrema importância foi uma Ação Civil Pública impetrada por uma organização protetora de animais em Mato Grosso do Sul, em que a mesma conseguiu autorização para o tratamento de cães com leishmaniose, portanto, já existe jurisprudência no Brasil permitindo o tratamento. O Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul também recomendou aos Ministérios que revoguem a portaria que não permite o tratamento, com medicação humana, de cães infectados; portanto, TRATAR CACHORRO COM LEISHMANIOSE NÃO É CRIME!
• Outro fato jurídico: muitos doutrinadores da área do direito defendem a tese que os médicos veterinários particulares sequer seriam obrigados a cumprir a determinação da portaria interministerial, porque este instrumento deve ser cumprido somente por servidores subordinados ao órgão que o expediu.
CCZ na sua casa
Você não é obrigado, de forma alguma, a entregar seu animal aos fiscais da saúde pública. Seu cão é sua responsabilidade. Nem mesmo um delegado de polícia pode ir a sua casa e exigir que você entregue seu animal. Para sua informação, um delegado ou um policial só podem entrar na sua casa com um mandado judicial ou com sua autorização. Se alguém (delegado ou fiscal da Saúde) te constranger, não deixe de anotar o nome da pessoa para formular uma ocorrência policial por abuso de autoridade e/ou constrangimento ilegal.
Cenário exterior
Na Europa, principalmente nos países do mediterrâneo, a incidência de leishmaniose é alta, entretanto, nos países europeus eles lidam com a doença de forma completamente oposta do Brasil. Eles não negam tratamento para nenhum animal infectado; inclusive lá existe até ração específica para cães com leishmaniose.
A grande diferença entre Europa e Brasil, ponto analisado em conversa com o Dr. Tabanez, é a pobreza e a desigualdade social brasileira, pois na Europa não existem grandes problemas alimentares ou de desnutrição, portanto quase não existem pessoas infectadas ou em risco de infecção.
Conclusões
Muitos avanços ocorreram na habilidade de diagnóstico da doença, entretanto, é necessário combater de forma mais efetiva o vetor (flebótomo ou mosquito-palha) e, sobretudo, trabalhar pela prevenção, incluindo-se aí o uso da coleira repelente do flebótomo, bem como a vacinação em massa dos animais (como há anos acontece com a raiva, outra zoonose gravíssima). Também antigos problemas brasileiros como desnutrição e falta de saneamento básico precisam estar no topo das prioridades governamentais.
O certo é que as autoridades sanitárias dos municípios, dos estados e do governo federal precisam agir e investir maciçamente no esclarecimento, educação e conscientização da população, dos tutores de animais e, inclusive, dos médicos humanos e veterinários, visando à prevenção da disseminação da doença.  Há a necessidade de ampliar os estudos para realmente comprovar que animais tratados e mantidos sob controle não representam risco para a população humana; também é necessário  extinguir, definitivamente, métodos primitivos e desumanos de combate à doença, como o extermínio em massa de cães.
(*Dr. Paulo Tabanez – Médico Veterinário, Especialista em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais, Mestre em Imunologia pela Universidade de Brasília e Diretor da Clínica Veterinária Prontovet – Brasília/DF. E-mail – pctabanez@uol.com.br)

domingo, 29 de março de 2015

Leishmaniose tem tratamento, mas medicamento é proibido no Brasil

Enquanto na Europa os cães infectados são cuidados com um remédio específico, por aqui, os donos de animais de estimação são proibidos de importar o produto, e acabam com o bichinho sacrificado


Apesar de o tratamento para a leishmaniose visceral canina ser permitido na Europa e em vários outros país do mundo, no Brasil, a discussão é antiga, e provoca polêmicas. Segundo a liminar Nº 677, expedida em outubro de 2013, pelo Supremo Tribunal Federal, os proprietários de cães infectados pela doença têm o direito de tratá-los. No entanto, uma portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), diz que o procedimento não pode ser feito com medicamento humano, nem com produto importado. Essas são as únicas formas de cuidar do animal doente.  “Esses medicamentos não estão disponíveis no país. E não podem ser importados por não serem registrados no MAPA. Portanto, a portaria é totalmente contraditória”, explica o advogado Arildo Carneiro Junior, da ACJ dvocacia e Consultoria Jurídica.

Diante de tantas controvérsias, em janeiro de 2013, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região negou a vigência da portaria do MAPA, em resposta a uma ação movida pela ONG Abrigo dos Bichos, do Mato Grosso do Sul. “Com esse entendimento do tribunal, o tratamento pode ser feito através de autorização judicial, já que há precedentes”, explica o advogado. Segundo ele, a maior conquista, no entanto, é que os animais contaminados não podem mais ser recolhidos e sacrificados pelos centros de controle de zoonoses das cidades. “Desde que o proprietário tenha interesse em tratar o animal, ele tem o direito de buscar todos os recursos para fazê-lo”.

O que muitos desconhecem é que os verdadeiros vilões da doença, que afeta tanto humanos quanto animais, não são os cães, mas sim, o mosquito-palha. De difícil combate, ele se reproduz em locais onde existe abundância de material orgânico, como folhas, frutos, fezes de animais, entulhos e lixo. Além disso, ele é hemofágico, e se alimenta do sangue de humanos e animais, incluindo galinha, porco e cavalo. A doença também é transmitida de humano para humano. Para isto, basta que o mosquito infecte alguém e, em seguida, pique outra pessoa.


Proibido no Brasil, o medicamento Glucantime, produzido na França, traz impresso em seu verso a informação de que é destinado ao tratamento de leishmaniose canina
No Brasil, a grande discussão, no entanto, gira em torno do sacrífico dos cães infectados e não exatamente do combate efetivo ao vetor. “Os cães são o reservatório para que a infecção se perpetue e, mesmo após o tratamento, continuam sendo fonte de transmissão”, diz o médico epidemiologista Unaí Tupinambás. Em contrapartida, a eutanásia é contestada por especialistas que garantem que a matança de cães não diminui o índice de contágio da leishmaniose. E afirmam que, dos 88 países do mundo onde a doença é endêmica, o Brasil é o único que utiliza a morte dos cães como instrumento de saúde pública.
“A leishmaniose visceral tem controle, tem tratamento eficaz e, portanto, não é necessário fazer a eutanásia do animal, exceto em casos específicos”, explica o veterinário Leonardo Maciel, da clínica Animal Center. Precursor do tratamento da leishmaniose visceral canina em Belo Horizonte, há 20 anos o médico estuda a enfermidade e garante que a campanha feita pelo poder público incentivando o sacrifício dos cães contaminados, como forma de controlar a endemia, surtiu efeito contrário. “O tiro saiu pela culatra. A campanha foi totalmente ineficaz e provocou pânico na população. Hoje, nossa cidade é uma das que mais sofrem com a doença no Brasil. Isso porque inúmeros animais foram abandonados nas ruas, sendo contaminados e se tornando transmissores, e, ao mesmo tempo, se reproduzindo”.
Como o vetor da doença permanece presente nos ambientes não dedetizados, os novos cães adquiridos para suprir a falta dos que foram perdidos acabam sendo contaminados, e, consequentemente sacrificados ou abandonados. “Definitivamente, o problema da leishmaniose não é o cão, e sim o mosquito”, afirma Maciel.
A empresária Márcia Resende Carvalho enfrentou as autoridades para tratar um animal, que viveu mais tempo que o previsto
Enquanto a importação de medicamentos veterinários como o Glucantime – indicado para o tratamento da leishmaniose canina – não é liberada, os proprietários seguem fazendo de tudo para salvar seus animais de estimação.  “A doença é um tabu que precisa ser quebrado. Se é para combater algo, vamos combater sua origem, que é o mosquito-palha”, diz a empresária Márcia Resende Carvalho. Em 2003, a empresária comprou uma briga com o poder público para poder tratar o poodle Nicolau. “Lutei muito para que ele não fosse sacrificado, e consegui. Ele viveu bem por muitos anos até falecer por outros motivos. Temos o direito de tratar nossos animais”.
Fique por dentro
  • Leishmaniose – também conhecida como calazar, a contaminação em seres humanos e animais ocorre através da picada da fêmea do mosquito Lutzomyialongipalpis, mais conhecido como mosquito-palha ou birigui
  • Sintomas no ser humano – febre prolongada, perda de peso, falta de apetite e aumento do fígado e baço. Se não tratada a tempo, a leishmaniose visceral tem alto índice de mortalidade em pacientes imunodeficientes portadores de doenças crônicas
  • Sintomas no cão – lesões de pele, perda de peso, descamações, crescimento exagerado das unhas e dificuldade de locomoção. No estágio avançado, o mal atinge fígado, baço e rins, levando o animal ao óbito
Prevenção
  • Fazer a retirada de qualquer tipo de material orgânico como folhas, fezes de animais, entulhos e lixo, onde o mosquito possa se reproduzir. A borrifação química é fundamental em áreas endêmicas
  • Uso de repelentes, coleira própria contra a leishmaniose, vacina específica, higienização do animal e      do ambiente
  • A vacina Leishmune, aliada a outros métodos preventivos, reduz a chance de contaminação do animal e      enfraquece o protozoário em cães já contaminados, diminuindo a chance de transmissão
Tratamento
O custo médio do tratamento é de R$ 1 mil, variando de acordo com o peso do animal. Inclui sessões de quimioterapia, feita por meio de medicação venal aplicada através de soro, e medicação oral. Exige o comprometimento do proprietário em seguir as orientações veterinárias à risca, com realização de checape periódico e manutenção de alimentação específica com baixo teor de proteína.
Fonte: http://brigadaplanetaria.com.br/leishmaniose-tem-tratamento-mas-medicamento-e-proibido-no-brasil/

sábado, 28 de março de 2015

Verduras e legumes permitidos para cães

Descubra quais verduras e legumes podem ou não ser oferecidos ao seu cachorro

Pode parecer um pouco estranho um cão se alimentar com verduras e legumes. Ao contrário do que muitos pensam, as verduras e os legumes, assim como as frutas, podem ser bastante benéficas para um cão. Atualmente, alguns tutores de cães não são tão adeptos à alimentação contendo verduras e legumes, devido ao alto custo financeiro. Não é obrigatoriamente necessário o cão se alimentar com verduras, já que o animal é naturalmente carnívoro, porém é indicado o uso das verduras, pois é excelente para completar as exigências nutricionais do pet.

Muitos proprietários utilizam da dieta natural, abolindo rações industrializadas do cardápio dos pets, pois afirmam que elas podem ser cancerígenas para os animais. O correto é que as dietas contendo legumes e verduras sejam feitas pelo  profissional médico veterinário. Existem tutores que fazem a dieta do cão por conta própria, fazendo com que, em muitas vezes, a alimentação não supra as exigências nutricionais do animal.

As verduras e os legumes oferecidos para os cães podem ser bastante úteis em casos de doenças. Muitos médicos veterinários elegeram a dieta natural como medida de tratamento de algumas enfermidades nos cães. Como dito anteriormente, é necessário que a dieta seja formulada por um médico veterinário, pois certas verduras podem ser prejudiciais em alguns tipos de moléstias.

Antes de começarmos a citar as verduras e os legumes indicados, vale ressaltar que elas devem ser cozidas e trituradas antes de serem oferecidas ao pet, a fim de promover uma maior digestibilidade pelo animal.

O gosto alimentar dos cães, assim como o nosso, é diversificado. Existem animais que preferem um tipo de legume do que outro, e isso se estende às verduras também. É importante que se faça o experimento do paladar do pet, para quando for levá-lo ao médico veterinário, já saiba explicar a preferência do seu cão. É através da informação do tutor, que o profissional irá passar uma dieta conivente às exigências nutricionais do cão, respeitando, é claro, as predileções do pet.

Antes de ser elaborada a dieta, é aconselhado que o médico veterinário faça exames, a fim de saber o grau de sanidade que o animal apresenta. É a partir daí, que vai começar a formulação da dieta, sendo ela especial e personalizada para o cão avaliado. Consulte e tenha sempre o apoio de um médico veterinário.



As verduras e legumes a seguir podem ser oferecidas para o animal, lembrando sempre que um médico veterinário deverá ser consultado antes.

Cenoura: A Cenoura é um legume de ótima escolha para alimentar o pet. Ela tem uma grande aceitabilidade pelos cães, sendo uma das mais escolhidas a ser fornecida. Ela é uma fonte rica em vitamina A, que é super importante para os cachorros. A cenoura também contém vitaminas C, K e potássio. É indicado a cenoura seja cozida sem sal e, se possível, fornecida sem a casca.

Brócolis:  O brócolis é também uma boa escolha para o cardápio do pet. Ele tem boas propriedades nutricionais, tais como: Cálcio, Potássio, Zinco, Ferro, Sódio. Também é encontrado nele diversas vitaminas, como: C, A, B1, B2 e B6. Ele deve ser cozido e misturado à comida fornecida ao animal. Existem cães que aprovam seu consumo sem mistura com outras verduras, porém é necessário conhecer o gosto do seu pet.

Alface: O alface é utilizado principalmente como complemento, devido ao fato de que alguns cães não aprovam ingerir esta hortaliça de forma individual. Ele contém principalmente as vitaminas A e C, contendo também os sais minerais que os animais necessitam, tais como: Fósforo, cálcio e Ferro.  O alface deve ser fornecido misturado com outras verduras e legumes.

Couve: A couve é usada muitas vezes na dieta do animal de estimação. É rica em vitamina A, C e K, contendo ainda algumas vitaminas do complexo B. É bastante rica em fósforo, ferro e cálcio, tendo um papel importantíssimo na manutenção dos dentes e ossos dos animais. Ela deve ser cozida e cortada em tiras, consequentemente misturada na alimentação.

Beterraba: A beterraba é uma boa fonte de nutrientes para os nossos pets, porém animais que têm diabetes não são indicados a consumi-la, devido ao grande teor de açúcar. A beterraba é rica em vitamina A, C e complexo B, sendo muito boa para a manutenção do sistema imunológico e visão do animal, entre vários benefícios. A beterraba deve ser cozida, retirada a casca e fornecida ao animal.

Vagem: A vagem é rica em vitamina C. Ela é indicada também para reduzir o colesterol, como também, em alguns casos, indicado para os cães diabéticos. O modo de preparo é bastante simples, o indicado é apenas cozinhar e fornecer ao cão. Muitos tutores fornecem como petisco, e afirmam que tem uma boa aceitabilidade.

Batata: A batata é uma excelente escolha para quem deseja que o pet tenha uma boa aceitabilidade para a nova dieta. A batata é uma ótima fonte de vitamina do complexo B e C. Além disso, a batata pode fornecer ao animal Ferro, Cálcio e Potássio, colaborando com a manutenção do sistema imunológico, dos músculos, dos ossos e dentes. A batata deve ser servida cozida e sem temperos. É indicado também, que ela seja amassada, fazendo uma espécie de purê.

Abóbora: A Abobora, ou também chamada de jerimum, pode ser uma grande escolha para o seu companheiro. Pode ser encontrado nela vários nutrientes essenciais para seu pet, como: proteínas, carboidratos, potássio, cálcio, sódio, ferro, magnésio, e fósforo. A abóbora também é rica em vitaminas A, C e E. Ela deve ser cozida e fornecida sem a casca para o animal.

Salsinha: A salsinha é um tempero muito utilizado na culinária brasileira, sendo também bem aceita pelos animais de estimação. É rica em vitamina A, vitaminas B1 e B2, vitamina C e vitamina D. Um ponto positivo da administração da salsinha, é que ela contém poucas calorias. Pode ser fornecida ao animal tanto cozida quanto ao natural.

Ervilha: (sem ser em conserva): É muito importante a atenção na hora da compra da ervilha, pois não é recomendado no modo enlatado/conserva. A ervilha é uma ótima fonte de vitaminas A, C, B1, B2, B3 e B6. Além disso, ela dispõe de nutrientes, tais como: Potássio, Ferro, Cálcio e Fósforo. Primeiramente, deve-se debulhar a vagem de onde a ervilha vem, em seguida cozinhando a mesma. Não é indicado que o fornecimento seja feito com a vagem, somente a administração da ervilha propriamente dita.

Chuchu: O chuchu é uma ótima fonte de fibras, além de ter uma excelente digestibilidade. É indicado para cães que estão fazendo dieta para emagrecimento. É rica em vitamina A e vitamina C, tendo também uma grande valor por disponibilizar nutrientes como o Cálcio, Fósforo e Ferro. Além disso, o chuchu pode ser fornecido ainda no estágio de broto, sendo uma boa fonte de vitaminas B e C. É indicado que seja cozido, consequentemente, fornecido ao animal sem a casca.

Tomate: O tomate é classificado como um fruto, porém no dia a dia é infiltrado na culinária como um legume. Por ter um gosto adocicado e com bastante líquido, o tomate é uma excelente opção para fornecer ao cão. É rico em vitaminas A, B e C. O tomate também tem um grande valor nutricional, pois contém Potássio, Cálcio e Ácido Fólico. O tomate pode ser fornecido com sua casca, porém é indicado retirar as sementes. Alguns tutores preferem fornecer depois de cozido, porém não tem contra indicação do fornecimento de modo natural.

Inhame: O Inhame é uma raiz que cada vez mais entra no cardápio dos pets. O Inhame é de grande importância nutricional, pois tem baixo teor de gordura e alta concentração de fibras. Além disso, o Inhame fornece ao animal as vitaminas A e C, como também as do complexo B. Um ponto bastante importante no consumo, é que o Inhame contém uma substância chamada Diosgenina, que tem a propriedade de se converter em hormônio, sendo assim, uma das melhores opções de fornecer ao animal. Na hora do preparo, deve-se retirar a casca e cozinhá-lo até o amolecimento do mesmo. Pode fornecer em rodelas ou em forma amassada, como o purê.

Palmito: Ao contrário do que muitos pensam, o palmito pode ser uma boa escolha para botar no cardápio do seu pet. O palmito é um alimento rico em potássio, cálcio e ferro. Ele é muito importante para a manutenção dos ossos e tecidos do corpo. O palmito deve ser preparado de uma forma diferente, comparado aos outros preparos. É indicado que antes dele ser fornecido ao pet, ele seja fervido por em média 15 a 20 minutos, assim diminuindo a alta concentração de sódio.

Espinafre: O espinafre é indicado para qualquer tipo de cão, independentemente da idade, raça ou sexo. O espinafre é uma ótima fonte de vitamina A e vitaminas do complexo B. Tem uma boa palatabilidade pelos cães, sendo uma ótima escolha para o fornecimento. Além dessas vitaminas, o espinafre também é rico em: Fósforo, Cálcio, Sódio, Potássio, Magnésio e Ferro. É aconselhável que o espinafre seja cozido e depois misturado junto com outros legumes e verduras.

Por: George Augusto von Schmalz Portella de Macedo, Portal do dog

quarta-feira, 18 de março de 2015

Como incentivar seu cão

Todos os seres vivos, agem quando motivados , quando temos uma meta a atingir algo sempre trabalhamos melhor para consegui-lo. Os cães também são assim, se você descobrir algo que seu cão goste muito e usar isso como recompensa no adestramento, você com certezairá ver como ele terá mais vontade de aprender e executar comandos.

Os métodos mais comuns de incentivar cães são com comida, brinquedos e carinho. Não são todos os cães que trabalham só por carinho, portanto não obrigue seu cão a receber algo que não tenha tanto valor a ele. Uma coisa que o adestrador Tomás Szpigel escreveu é que o cão só obedece até o ponto que o incentivo do outro lado vale mais a pena. Portanto, procure ao ,máximo descobrir o que o seu cão mais gosta para que o adestramento seja algo divertido para ambos os lados.

DICAS:

Para quem tem um cão que obecede por petiscos:

  • Procure váriar os petiscos.
  • Corte os petiscos em tamanhos pequenos para que o cão não percar o interesse na recompensa e nem fique muito tempo mastigando a recompensa.
  • Petiscos moles, tipo doguitos são ótimos p/ o adestramento, pois são fáceis de mastigar, não soltam migalhas como os biscoitos caninos evitando que o cão pare de fazer o que estiver fazendo para lamber as migalhas.
  • Quanto mais difícil for o adestramento melhor deve ser a recompensa.
  • Mostre que todas as boas coisas vem de você.
Para quem tem um cão que obedece por brinquedos:
  • Descubra qual o brinquedo favorito de seu cão.
  • Comece a limitar o acesso do brinquedo ao cão. Se o cão adorar uma determinada bolinha e ele poder brincar com ela sempre, logo a bolinha irá perder a graça. Os cães valorizam mais o que conseguem com mais dificuldade.
  • Mostre que todas as boas coisas vem de você.
  • Algumas vezes ignore o cão e comece a brincar com o brinquedo você mesmo, isso ajuda a SUPER valorizar o brinquedo.

Para quem tem um cão que obede por carinho as dicas são praticamente as mesmas. A possibilidade de ter um cão que obedece SÓ por carinho são pouquíssimas, mas se quiser valorizar um pouco mais isso para o cão, tente não fazer carinho nele todas as vezes que ele pede.

Fonte: Carol Raquel,adestramentopositivo.blogspot.com.br

terça-feira, 3 de março de 2015

Intolerância a certos alimentos em cães

Os produtos mais comuns que podem causar alergia alimentar em cães, são: Carne, leite, trigo, verduras e frutas.


É muito comum ouvirmos falar em tutores que tiveram problemas na hora da alimentação dos seus pets. Muitas vezes por falta de informações do criador, cães ingerem alimentos que têm um efeito maléfico para os mesmos, levando-os, muitas vezes, a óbito. É bastante comum vermos, principalmente em épocas festivas, tutores fornecendo aos seus animais alimentos totalmente impróprios para cães, sendo que, muitas vezes, afirmam alimentar os pets com aquelas comidas por anos, sem nunca ter dado nenhuma reação.


O principal efeito maléfico que acontece na hora da alimentação errônea é a alergia alimentar, também conhecida como hipersensibilidade alimentar. É importante que seja ressaltado, que existem alimentos que não dão reação em um animal e que podem dar em outro. Existem casos, que até mesmo a ração comercial causa reação alérgica em alguns cães. Ao contrário do que muitos pensam, a alergia alimentar é extremamente perigosa podendo ser mesmo fatal.

Os produtos mais comuns que podem causar alergia alimentar em cães, são: Carne, leite, trigo, verduras e frutas. O processo alérgico varia de indivíduo para indivíduo, existindo cães que não apresentam hipersensibilidade alimentar com esses componentes. No organismo do cão, assim como no nosso, existe um sistema imunológico que atua em defesa do corpo contra antígenos (agentes ofensivos). Em alguns organismos, ocorre essa resposta imune em substâncias que, geralmente,  são totalmente inofensivas, como, por exemplo, um alimento, acarretando assim a alergia.

Os principais sintomas que os animais que apresentam à hipersensibilidade alimentar, são: A pele apresenta um aspecto eritematoso (pele avermelhada); coceira intensa; pálpebras edemaciadas; urticária na pele (elevações na pele); vômito; diarréia; náuseas e até a morte.

diagnóstico é feito somente por um médico veterinário, onde o mesmo irá fazer a anamnese do animal, em seguida avaliar os sinais clínicos que o animal apresenta.

tratamento para a hipersensibilidade alimentar (alergia) consiste em uma terapia medicamentosa escolhida pelo médico veterinário de sua confiança. É de suma importância observar que, se depois da alimentação o animal apresentar uma sintomatologia indicativa de alergia,  o mesmo seja encaminhado imediatamente a uma clínica veterinária para início do tratamento. Não se deve, por hipótese alguma, administrar um medicamento sem a consulta de um profissional, pois o remédio pode desencadear uma alergia medicamentosa e agravar ainda mais o quadro do animal.

prevenção da alergia alimentar consiste na escolha correta da alimentação do seu animal de estimação. Jamais administre um alimento em grande quantidade antes de saber se o mesmo causa ou não hipersensibilidade alimentar no animal. É sempre indicado que a dieta alimentar do seu animal seja feita por um médico veterinário, principalmente se ela for comida caseira, pois além de saber os alimentos certos a fornecer, ainda existe a preocupação do equilíbrio nutricional adequado. Em casos de tutores que são adeptos do uso das rações industrializadas, é indicada também a escolha de uma ração que o animal possa manter o equilíbrio nutricional e que tenha um bom paladar. Tenha sempre o apoio de um Médico Veterinário.

Por: George Augusto von Schmalz Portella de Macedo, Portal do Dog


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A adoção de animais é um ato de amor


Adotar é um ato de amor. E dedicar-se a outro ser vivo, dando-lhe afeto, cuidados e atenção, é parte disso. É uma alegria ver como cães e gatos têm conquistado um lar acolhedor, que os protege dos maus-tratos das ruas.
Regularmente, os Centros de Controle de Zoonoses dos municípios realizam eventos com o objetivo de conseguir uma família para os cachorros e gatos que vivem nesses locais, recolhidos das ruas das cidades. São filhotes, adultos, idosos, de pelagem curta, longa, de cores e portes variados e alguns com deficiências físicas.
Para quem milita pela proteção animal esta é uma iniciativa de grata satisfação, especialmente para mim. Desde que foi aprovada, em 2008, a Lei Feliciano no estado de São Paulo (lei estadual 12.916), que proíbe a matança indiscriminada de cães e gatos saudáveis nos Centros de Controle de Zoonose, Canis Públicos e congêneres, esses animais passaram a ter outra chance de vida.
Um ponto fundamental desta lei foi ter criado um caminho jurídico que possibilitou a instituição de políticas públicas nos municípios, como castração e identificação dos animais, em convênio com o governo do estado. Com a Lei Feliciano, as prefeituras tiveram que investir em locais adequados para recolher e tratar os animais, deixando-os em condições ideais para serem adotados, após serem castrados e identificados.
A lei criou ainda a figura do “cão-comunitário”, que protege e evita o recolhimento daquele animal que vive na rua mas é cuidado pelos moradores locais. Apesar de não ter um tutor fixo, todos zelam e têm amor por ele. Não pode, assim, ser considerado abandonado.
A abrangência da lei e os resultados que ela tem trazido aos municípios paulistas fez com que já fosse adotada em outros 12 estados.
A adoção responsável contribui para a redução do número de animais nas ruas, previne agressões e maus tratos, além de acidentes de trânsito.
Os animais dos CCZs são vacinados, castrados, microchipados, tratados contra pulga e carrapato, além de vermifugados. As regras de adoção podem variar de acordo com o município, mas em geral seguem os mesmos critérios. O interessado em adotar passa por entrevista com funcionários do setor de adoção. Se aprovado, o adotante, que deve ser maior de idade, registra o animal em seu nome. É necessário apresentar CPF, RG e comprovante de residência e pagar taxa municipal. E para o transporte do bichinho não esqueça de levar coleira e guia para cães e caixa de transporte para gatos.
Busque mais informações na prefeitura de sua cidade ou procure se informar sobre as feiras de adoção que são realizadas perto de sua casa. Adotar um animal é conquistar um novo amigo!
Feliciano Filho
Ativista em proteção animal
Fonte: Jornal Dia Dia

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Glucosamina Condroitina para Cães

Os donos de animais de todo o mundo o uso de glucosamina condroitina se os seus cães sofrem de artrite ou a displasia da anca. Sulfato de glucosamina e condroitina é um suplemento que não é utilizado apenas para animais de estimação, mas também para os seres humanos para aliviar os sintomas de osteoartrite. A glucosamina é um aminoácido que ocorre naturalmente, que é usado pelo corpo para fazer glicosaminoglicanos, que são os componentes essenciais da cartilagem.

De condroitina ou sulfato de condroitina, por outro lado, é o glicosaminoglicano sulfatado, o que pode ser encontrado na cartilagem de cães, seres humanos e muitos outros animais. Esta é a razão pela qual, a glucosamina é usualmente combinado com condroitina para ser utilizado como um suplemento para a artrite cão e problemas comuns. Às vezes, os veterinários recomendam a utilização de glucosamina condroitina msm para os mesmos problemas de saúde do cão. MSM significa ‘methylsulfonylmethane’, que é um tipo de composto de enxofre que também podem desempenhar um papel importante no crescimento de cartilagem sinovial.



Suplementos de glucosamina condroitina para Caninos

Benefícios
Como complemento, a glucosamina e condroitina tem estado disponível para animais de estimação por um tempo bastante longo, principalmente para reduzir a dor e rigidez articular associada com artrite ou artrose. A artrite é um problema bastante comum de saúde do cão, cães e enfrentar uma série de transtornos devido a esta condição. A osteoartrite é a condição em que a cartilagem das articulações degenerar gradualmente com a idade. Glucosamina pode retardar este processo de degeneração da cartilagem, fornecendo os blocos de construção para a síntese de uma nova cartilagem. Portanto, pode revelar-se eficaz no tratamento de cães que lidam com o problema da artrite.

A glucosamina pode prevenir mais danos na cartilagem, e facilitar a reparação da cartilagem danificada. Como resultado, pode-se observar uma melhora dos sintomas de artrite em seus cães. O sulfato de condroitina é um componente da cartilagem articular, e pode aumentar a resistência à compressão, melhorar a elasticidade das articulações e proteger as articulações de enzimas que podem provocar a degradação da cartilagem. Como já mencionado, suplemento methylsulfonylmethane (MSM) é também usado para o gerenciamento de cão artrite, junto com glucosamina e condroitina. Isto é porque, msm foi encontrado para possuir propriedades anti-inflamatórias, e que pode proporcionar um tipo de enxofre que é necessário para a geração de cartilagem.

Efeitos colaterais
Os seus efeitos secundários graves são raros e, portanto, é amplamente considerada como um suplemento seguro para o tratamento da osteoartrite. Alguns cães podem experimentar alguns efeitos secundários, tais como, vómitos, diarreia e do gás, o qual pode ser evitada, dando o suplemento juntamente com os alimentos do cão. A redução da dosagem do suplemento também pode ajudar a aliviar tais problemas gastrointestinais secundários. O efeito da glucosamina condroitina sobre a insulina não é muito clara, como alguns estudos têm relatado que aumenta a resistência à insulina, enquanto outros têm demonstrado que isso não acontece.

No entanto, se o seu cão tem diabetes, então é aconselhável falar com um veterinário antes de dar o seu cão deste suplemento. Se o veterinário aprova o uso deste suplemento artrite cão, então não deixe de monitorar os níveis de glicose no sangue de seu cão regularmente. Alguns cães podem desenvolver reações alérgicas depois de tomar este suplemento, especialmente se eles são alérgicos a frutos do mar. Tais reacções alérgicas podem ocorrer devido ao facto de que a glucosamina é basicamente feita a partir de quitina, a substância que é um componente principal do reservatório ou do exoesqueleto mariscos e crustáceos como, caranguejos e camarões.

Dosagem
A dose depende do peso do cão. A prática habitual é dar cerca de 750 mg de glucosamina por cada 50 kg de peso corporal. A dosagem exata de sulfato de condroitina e glucosamina para cães geralmente é mencionado no rótulo do produto. Mas, é melhor para confirmar a dosagem apropriada de glucosamina para cães por consulta de um veterinário. Além de comprimidos e comprimidos, você também pode encontrar líquido glucosamina condroitina para o seu amado animal de estimação. Suplemento líquido é mais conveniente para ser utilizada, uma vez que pode ser facilmente misturado com os alimentos.

Cães idosos com artrite precisar de algumas medidas de cuidados especiais para cães. Glucosamina condroitina é o suplemento que pode ajudá-lo a cuidar de tais cães. No entanto, não deixe de comprar este suplemento apenas de um fabricante de renome. Não pode haver alguns outros suplementos e medicamentos para artrite cães, que podem ajudar a reduzir a inflamação articular e dor associada com esta condição. No entanto, não se esqueça de falar com um veterinário antes de administrar qualquer tipo de medicação e complementar ao seu cão.

Fonte: http://caes.topartigos.com/

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Qual a quantidade de água que cães adultos devem ingerir por dia

Descubra a quantidade diária e os fatores que influenciam em uma maior ingestão de água por parte do cachorro

Por ser tão essencial para a vida, a água é um item básico para a saúde o seu animal. Mesmo assim, muitos donos de cachorros não sabem a quantidade certa de água que seu cão deve ingerir por dia para manter-se saudável.

Monitorar a ingestão de água auxilia não só a manter o seu cão hidratado, como também previne em casos de doenças.


Qual a quantidade correta de ingestão de água em um cão adulto?


Em média, um cão deve beber de 15 à 30 ml de água para cada 0,5 kg de peso corporal por dia. Se um filhote pesa 9 kg, ele precisaria de uma média de 300 ml à 600 ml por dia para se manter hidratado.

Fonte: Samantha Kelly, Jornalista do Portal do Dog

Por que castrar seu animal é um ato de amor


No Brasil, ainda é bastante comum as pessoas sentirem pena de castrar seus animais, ou acharem que deixá-los procriar é algo fundamental para o bem-estar deles. Ambos raciocínios são equivocados. Castrar animais domésticos não é somente bom para eles, mas também é fundamental para mudarmos a triste realidade de cerca de 30 milhões de animais abandonados no Brasil, que sofrem de desnutrição e doenças não tratadas nas ruas do nosso país.
Cães e gatos castrados vivem mais
Uma pesquisa realizada pelo Hospital Veterinário de Banfield, nos EUA, mostra que cães machos que são castrados vivem em média 18% a mais do que os não castrados e fêmeas castradas vivem 23% a mais. Esses dados são principalmente justificados pelo fato de que animais não castrados têm mais propensão para fugir, assim estando mais expostos a brigas com outros animais e a serem vítimas de atropelamentos. Cães e gatos castrados também têm menor risco de desenvolver alguns tipos de câncer, como de mama, útero, ovário e testículo, e as fêmeas ficam protegidas contra piometra e gravidez psicológica.
Achar que seu animal quer fazer sexo é um antropomorfismo
O desejo sexual em cães e gatos não acontece da mesma forma que em seres humanos. A libido em cães e gatos não é rotineira, mas sim somente induzida por hormônios e odor de fêmeas no cio. Ou seja, seu cão ou seu gato não deseja fazer sexo como você. Animais castrados não reagem aos estímulos hormonais e odoríferos, e por isso não ‘sofrerão’ ao serem privados de procriar.
Além disso, a castração em animais jovens, ou seja, antes de atingirem a maturidade sexual, elimina completamente a reposta a estímulos reprodutivos. Comportamentos indesejados, como agressividade, marcação por urina em machos, fugas frequentes, latidos excessivos e monta em outros animais, não são desenvolvidos. Em animais que já atingiram a puberdade, esses comportamentos também são reduzidos de forma significativa com a castração, e os animais também obtêm os benefícios para sua saúde e bem-estar.
Se você ama o seu animal de estimação, estenda seu amor aos outros animais
Por mais cuidadoso que você seja com seu animal, você dificilmente será totalmente capaz de prevenir que ele fuja e procrie com outro animal, ou garantir que todos os filhotes dele sejam doados a pessoas que não irão abandoná-los ou reproduzi-los de forma irresponsável.
A grande maioria dos cerca de 30 milhões de cães e gatos que vivem nas ruas já teve um lar. Nas ruas, eles são expostos a doenças, desnutrição, maus-tratos, acidentes e brigas. Ou seja: sofrem diariamente. Ademais, essa situação permite que os animais se reproduzam indiscriminadamente e aumenta ainda mais o número de animais nas ruas. As estimativas são alarmantes: apenas uma cadela não castrada e seus filhotes podem geram cerca de 67 mil outros animais em um período de seis anos. Em sete anos, uma gata não castrada e seus filhotes podem gerar cerca de 370 mil filhotes.
Para tentar conter essa situação, milhares de organizações governamentais em todo o Brasil trabalham incansavelmente em mutirões de castração com o intuito de poupar animais de uma vida de sofrimento nas ruas. Nós, do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPDA), acabamos de voltar de uma expedição no Amazonas que teve o intuito de construir um paradigma mais sustentável para centenas de animais abandonados na cidade de Tefé.
Nós, e todas as outras organizações de proteção animal que realizam esse tipo de trabalho no Brasil, gostaríamos de construir um Brasil onde a existência de animais abandonados seja uma coisa do passado, e você pode nos ajudar. Além de castrar seu pet, assim garantindo benefícios inquestionáveis para o bem-estar e a saúde dele, você pode ir além. Estenda o seu amor a outros animais ao passar essa mensagem adiante. E, se você puder, identifique uma organização de confiança e seja um colaborador dessa causa. Castrar seu pet e outros animais é um ator de amor. Com toda certeza, os animais agradecem!
Fonte: Brasil Post